terça-feira, 5 de junho de 2012

Só sei que nada sei...

Quando a vida parece se estabilizar, momentos revoltantes tornam-se mais e mais frequentes. Pessoas entram em saem de nossos caminhos, pensamentos voam, amizades se desfazem, amores se dissolvem de tal maneira que parecem estar sendo corroídos por qualquer tipo de ácido.
Nossa vida é feita de momentos e fases, e são essas fases que nos revoltam, que nos desestabilizam, nos tornando cada vez mais duros e insensíveis!

Se a vida é dessa forma e se estamos vivos para ver e experenciar tais momentos, porque não podemos apenas viver, apenas amar, apenas sermos felizes e compreendidos? Porque devemos sempre nos compadecer diante das barreiras e da falta de compaixão e companheirismo? Porque é tão difícil manter o fervor intacto, quando tudo ainda se mantem em perfeito estado, antes mesmo de desmoronar em nossas cabeças?

Perguntas sem respostas!

Nos deparamos sempre no final da noite com a angústia a mil, esperando àquela resposta derradeira que poderá, e quem dera, nos salvar, nos resgatar da escuridão, nos trazer o dia, o sol, a luz.
Uma resposta, talvez, que possa nos levar para longe, para outro planeta, para outra dimensão, onde não mais necessitaremos de carne, de ossos, de pensamentos mediocres, de falsidades, apenas viveremos para amar!

Uma resposta certeira a qual poderemos repassar e repassar sem o medo de estarmos errados.

Talvez seja esse o momentos em que nos encontramos: a certeza de não sabermos nada do que nos espera! Cada dia, cada amanhecer, cada anoitecer, cada pensamento, cada laço desfeito, cada lágrima, cada olhar que não mais iremos ver, cada perfume que não iremos mais sentir, cada lábio que não iremos mais beijar, cada certeza que não mais iremos ter!