sexta-feira, 25 de abril de 2008

Desgosto de um Boçal

Me sinto degradado..conspirado...corrompido..delacerado!!!
Vejo que as idéias voam e voam, buscam o paraíso...
que por vários lados, será muito dificil de encontrá-lo..
Fico indignado como as pessoas sentem tanto medo, tanto pavor...
não vivem o momento de alegria...e sempre tentam encontrar obstáculos onde na verdade não há nada...
O mundo é tão imperfeito e cheio de mediocridades, mas nada se compara a fome interna de carências remotas e fulminantes de um boçal arrependido e caduco.
Fico as vezes me perguntando, e as vezes formulo respostas prontas...
Fico somente observando, e acabo olhando coisas invisíveis...
Fico imaginando os variados lados da situação, e vejo que tudo não é apenas um jogo de xadrez frio e calculado..

Sei que a vida é rápida, mas que percorre caminhos longos e paradoxais..

Neste quarto frio, os pensamentos voam e voam, buscam o paraíso...
A mente iludida busca a fuga de tudo...
e o maldito desgosto do boçal se torna concreto, incoerente e plausível!!!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Espanto Adormecido de uma Mente Brilhante II

"Os homens e mulheres que me rodeavam, embora falando comigo, não passavam de Figuras; eu tinha praticamente esquecido que eles estavam vivos, que não eram simples autômatos. A amizade era apenas uma incrível tradição. No meio de seuas ruas apinhadas e de suas reuniões, eu caminhava solitário; eu era bravio qual tigre na selva, embora fôsse meu próprio coração, e não o do próximo, que eu devorava...Para mim, o Universo estava inteiramente vazio de Vida, de Finalidade, de Volição, até de Hostilidade; não passava de uma máquina a vapor imensa e inteiramente improdutiva, avançando, em sua completa indiferença, para esmagar-me, membro após membro..."

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Fatuidade na Palavra

Ver-se livre da rotina e da percepção ordinária, ser-lhe permitido contemplar, por umas poucas horas em que a noção de tempo se esvai, os mundos exterior e interior, não como eles se mostram ao animal dominado pela idéia de sobrevivência ou ao ser humano obcecado por termo e idéias, mas tais como são percebidos pela Onisciência direta e incondicionalmente. Eis uma experiência de inestimável valor para qualquer indivíduo, especialmente para o intelectual, pois este é, por definição, o homem para quem, na frase de Goethe, "a palavra é essencialmente proveitosa". Ele é o homem para quem " o que percebemos pela visão nos é estranho e, pois, não nos deve impressionar profundamente". Embora fosse ele quem mais descordasse de sua própria conceituação de palavra. "Falamos demais. Deveríamos falar menos e desenhar mais." Eu, pessoalemente, gostaria de renunciar por completo à fala e, imitando a Natureza organizada, comunicar por esboços tudo o que tivesse a dizer: Aquela figueira, esta pequena serpente, o casulo aguardando serenamente o futuro no umbral de minha janela, tudo isso são importantes signos. Quem fosse capaz de decifrar corretamente seus significados poderia por inteiramente de lado tanto a palavra escrita quanto a falada. Quanto mais penso nisso, mais encontro futilidade e mediocridade. Jamais poderemos passar sem a palavra e os outros sistemas de símbolos, pois foi graças a eles, e somente por eles, que nos elevamos acima das bestas, atingindo o nível de sere humanos. mas poderemos facilmente nos tornar tanto vítimas como beneficiários desses sistemas. Precisamos aprender como manejar eficientemente as palavras mas, ao mesmo tempo, devemos preservar e, se necessário, intensificar nossa capacidade de olhar o mundo diretamente, e não através da lente semi-opaca das idéias, que distorce cada fato, diluindo-o no lugar-comum das denominações genéricas ou das abstrações explanatórias.

Será que perderemos a Conexão Amazônica?

A partir do conhecimento da primazia do princípio da soberania nacional na Amazônia Legal, cumpre questionar até que ponto essa "primazia": filosófica, linda, redonda e perfeita, irá proteger os bens ambientais da Amazônia brasileira, seja no plano interno, seja principalmente no desgraçado âmbito externo da cobiça generalizada. Irá manter-se resistente às pressões, aos instrumentos jurídicos revoltantes e ideológicos, decorrentes da refrigerada falta de bom senso que, por final, irá insurgir em uma grande e massacrante Guerra Mundial?. Não, não, não, ou então seria melhor, de qualquer modo, não contestar nada e ficar tudo por isso mesmo: grileiros tomando conta, índios sendo massificados e servindo como "bode expiatório" e até contribuindo, como os indíos guajajaras do sul do Maranhão que desmatam a troco de dinheiro sujo; o narcotráfico amazônico gerando grandes riquezas ao país, carvoeiros, madeireiros, serradores e bandidos. Onde se encaixa a tal da soberania: no descaso ou na falta de controle geral?

>"As toras desfilam sobre caminhões à noite e livremente".>> Grande Gervásio!!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Espanto de uma Mente Adormecida Brilhante

O esquizofrênico é uma alma, não só impura, como também desesperadamente desgostosa com sua situação. Seu tormento consiste na incapacidade de proteger-se contra a realidade, seja ela interior ou exterior ( como faz normalmente o indivíduo são) refugiando-se no universo do senso-comum, por nós mesmos construído esse mundo estritamente humano das noções úteis, dos símbolos compartilhados pelos demias, das convenções socialmente aceitáveis. O esquizofrênico é qual homem sob a influência contínua da mescalina e, pois, incapaz de deixar de experimentar uma realidade que ele não pode suportar por lhe faltar pureza; que não pode interpretar por ser ela o mais inflexível dos fatos fundamentais e que, por jamais permitir-lhe encarar o mundo com olhos simplesmente humanos, força-o a interpretar sua incessantes singularidade, sua candente intensidade de valores, como a manifestação da maldade humana ou até cósmica, levando-o às mais desesperadas contramedidas que vão da violência assassina, de um lado da escala, até o suicídio picológico do outro. E, uma vez iniciada a descida pela rampa infernal, ninguém poderá mais deter-se.