quarta-feira, 9 de abril de 2008

Espanto Adormecido de uma Mente Brilhante II

"Os homens e mulheres que me rodeavam, embora falando comigo, não passavam de Figuras; eu tinha praticamente esquecido que eles estavam vivos, que não eram simples autômatos. A amizade era apenas uma incrível tradição. No meio de seuas ruas apinhadas e de suas reuniões, eu caminhava solitário; eu era bravio qual tigre na selva, embora fôsse meu próprio coração, e não o do próximo, que eu devorava...Para mim, o Universo estava inteiramente vazio de Vida, de Finalidade, de Volição, até de Hostilidade; não passava de uma máquina a vapor imensa e inteiramente improdutiva, avançando, em sua completa indiferença, para esmagar-me, membro após membro..."

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