terça-feira, 16 de dezembro de 2008

caminhando e cantando, e seguindo a canção...

Procuramos sempre a compreensão.
o pasto está sempre verde para aqueles q buscam o que de comer...
a selva se mostra coesa, cheia de vida: compaixão...
e olhos fracos, tonteantes, acabam de adoecer!

A força viril, as vezes tentada...
a compreensão chega até o abismo
acaba por ser devorada, ensanguentada, chutada
e você, permanente, não consegue com seu sinismo!

por mais que corremos distantes
por mais que nos vemos distantes
tudo acaba distante
as coisas se parecem distante demais, longe demais, obscuras demais...

Os olhos atentos deflagram o que não podia ser descoberto.
As veias pulsam, se aceleram, derrapam.
o esbosso mais completo
acaba se saindo febril, apenas um dialeto

Não há mais o que se questionar, se tudo o que está aqui é de nossa própria consciência, de nossa própria fase aconchegante, linda e juvenil. A busca inacessível, a corrida contra o tempo, os caminhos mais intrépidos e selvagens, não são assim tão selvagens e nem tão intrépidos; se tudo o que sei é que tal forma corajosa de se viver não é apenas uma forma e sim uma carapaça injusta e desnecessária de se esconder do obscuro e difícil, do bem maltratado. Assim seria tão fácil de desconfiar e de se aprender, se apenas fossemos os cabeças pensadoras da verdade, da falsidade banida; se fossemos totalmente voltados para a trnsparência mais suave, se fossemos tão cordiais e tão sinceros; talvez não precisaríamos mais viver esta incerteza acobertada pelo falta de bom senso e pelo mal-caráter totalmente homérico.

Tudo vai e tudo irá apenas quando decidirmos quando e em que dia irá.

Seria ignorância da minha parte acreditar que toda nossa falta de bom senso se resumeria à isso apenas!

Macacos me mordam!

caminhando e cantando, e seguindo a canção...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

epílogo burlesco-jovial

A cólera e a veneração, próprias da juventude, parecem não sossegar antes de falsear homens e coisas de tal modo que possam desafogar-se sobre eles. A juventude já é em si algo falsificador e enganador. Mais tarde, quando a alma jovem, torturada por grande número de desilusões, finalmente se volta desconfiada contra si própria, ainda ardente e selvagem, também em suas desconfianças e remorsos: como então ela se irrita, como ela se despedaça impacientemente, como ela se vinga por sua prolongada auto-obcecação, como se ela tivesse sido uma cegueira voluntária! Nessa transição, ela pune a si própria através da desconfiança para com seu sentimento; tortura seu entusiasmo através da dúvida, até já sente a boa consciência como um perigo, uma autodissimulação e um cansaço da honestidade mais sutil, por assim dizer; e, sobretudo, toma partido, e partido por princípio, contra "a juventude". - Uma década depois: e se compreende que mesmo tudo isso ainda - era apenas a juventude!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

a distância do caminho

Não me manifesto por coisas certas e concretas. Não há uma hora certa, um caminho certo. As palavras saem ao acaso, por um mero suspiro. Os relances mais distintos sobressaem em vultos da percepção dos mais astutos movimentos carnais. O sentimento, a sobrevivência, a falta de coesão. Tudo se transforma a cada passo, a cada caminho. Você se percebe em um lugar que não imaginaria nunca que iria estar e, daí, vem a dádiva da vida. Você se deixa envolver por momentos absurdos, malévolos e gratificantes. Por onde anda a coerência por trás de tudo isso? Por que tu deixa passar despercebido as relações bifásicas da vida; a correlação, a imaginação, a subversão do animalismo mais complexo; a existência. Seria mais fácil ficar assim imóvel à tudo e à todos. Seria mais satisfatório viver sem aquele mínimo resquício de uma parafernália de indgnação. O caminho, como muitos dizem, não é tão longo assim, mas a compreensão deste acaba por defasar o cefálida mais sensato.

Muitos sucumbirão aos favores do tempo e o caminho continuará lá, obsoleto e distante.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

aqui jaz um homem só

Por fora da pretuberância humanistica quadrada, envolto de passos largos e incorretos, balanços disformes pairam no ar, suspiros algozes que detonam as mentes fracas e sujas...ruas em preto e braco...e ainda há o verde das manhãs. Contudo, não consigo me mexer.
Onde tudo se encaixa..aparece então o disforme cabeça rulez...e as disparidades dos corações atropelados e psicodélicos. Por fora da compreensão do subsolo fértil de virilidades, parecem não bastar aos olhos lacrimais, os impossíveis arrebentos do dia que virá incrédulo.
Entre as manhãs descalças e àquelas laterais do encosto, faço as minhas preces retumbantes e me dirijo ao redor do coração pastoso, que vem a me alicerçar cada dia que me deparo com aqueles olhos de jaboticaba tão pretos quanto o escuro.
Explosões e mais explosões... invadem o submundo desta mente etéria e o conformismo dos meus lábios, se torna a matemática dos amantes.
Aqui jaz meus sentimentos pretrificados por esses olhos de jaboticaba!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Desgosto de um Boçal

Me sinto degradado..conspirado...corrompido..delacerado!!!
Vejo que as idéias voam e voam, buscam o paraíso...
que por vários lados, será muito dificil de encontrá-lo..
Fico indignado como as pessoas sentem tanto medo, tanto pavor...
não vivem o momento de alegria...e sempre tentam encontrar obstáculos onde na verdade não há nada...
O mundo é tão imperfeito e cheio de mediocridades, mas nada se compara a fome interna de carências remotas e fulminantes de um boçal arrependido e caduco.
Fico as vezes me perguntando, e as vezes formulo respostas prontas...
Fico somente observando, e acabo olhando coisas invisíveis...
Fico imaginando os variados lados da situação, e vejo que tudo não é apenas um jogo de xadrez frio e calculado..

Sei que a vida é rápida, mas que percorre caminhos longos e paradoxais..

Neste quarto frio, os pensamentos voam e voam, buscam o paraíso...
A mente iludida busca a fuga de tudo...
e o maldito desgosto do boçal se torna concreto, incoerente e plausível!!!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Espanto Adormecido de uma Mente Brilhante II

"Os homens e mulheres que me rodeavam, embora falando comigo, não passavam de Figuras; eu tinha praticamente esquecido que eles estavam vivos, que não eram simples autômatos. A amizade era apenas uma incrível tradição. No meio de seuas ruas apinhadas e de suas reuniões, eu caminhava solitário; eu era bravio qual tigre na selva, embora fôsse meu próprio coração, e não o do próximo, que eu devorava...Para mim, o Universo estava inteiramente vazio de Vida, de Finalidade, de Volição, até de Hostilidade; não passava de uma máquina a vapor imensa e inteiramente improdutiva, avançando, em sua completa indiferença, para esmagar-me, membro após membro..."

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Fatuidade na Palavra

Ver-se livre da rotina e da percepção ordinária, ser-lhe permitido contemplar, por umas poucas horas em que a noção de tempo se esvai, os mundos exterior e interior, não como eles se mostram ao animal dominado pela idéia de sobrevivência ou ao ser humano obcecado por termo e idéias, mas tais como são percebidos pela Onisciência direta e incondicionalmente. Eis uma experiência de inestimável valor para qualquer indivíduo, especialmente para o intelectual, pois este é, por definição, o homem para quem, na frase de Goethe, "a palavra é essencialmente proveitosa". Ele é o homem para quem " o que percebemos pela visão nos é estranho e, pois, não nos deve impressionar profundamente". Embora fosse ele quem mais descordasse de sua própria conceituação de palavra. "Falamos demais. Deveríamos falar menos e desenhar mais." Eu, pessoalemente, gostaria de renunciar por completo à fala e, imitando a Natureza organizada, comunicar por esboços tudo o que tivesse a dizer: Aquela figueira, esta pequena serpente, o casulo aguardando serenamente o futuro no umbral de minha janela, tudo isso são importantes signos. Quem fosse capaz de decifrar corretamente seus significados poderia por inteiramente de lado tanto a palavra escrita quanto a falada. Quanto mais penso nisso, mais encontro futilidade e mediocridade. Jamais poderemos passar sem a palavra e os outros sistemas de símbolos, pois foi graças a eles, e somente por eles, que nos elevamos acima das bestas, atingindo o nível de sere humanos. mas poderemos facilmente nos tornar tanto vítimas como beneficiários desses sistemas. Precisamos aprender como manejar eficientemente as palavras mas, ao mesmo tempo, devemos preservar e, se necessário, intensificar nossa capacidade de olhar o mundo diretamente, e não através da lente semi-opaca das idéias, que distorce cada fato, diluindo-o no lugar-comum das denominações genéricas ou das abstrações explanatórias.

Será que perderemos a Conexão Amazônica?

A partir do conhecimento da primazia do princípio da soberania nacional na Amazônia Legal, cumpre questionar até que ponto essa "primazia": filosófica, linda, redonda e perfeita, irá proteger os bens ambientais da Amazônia brasileira, seja no plano interno, seja principalmente no desgraçado âmbito externo da cobiça generalizada. Irá manter-se resistente às pressões, aos instrumentos jurídicos revoltantes e ideológicos, decorrentes da refrigerada falta de bom senso que, por final, irá insurgir em uma grande e massacrante Guerra Mundial?. Não, não, não, ou então seria melhor, de qualquer modo, não contestar nada e ficar tudo por isso mesmo: grileiros tomando conta, índios sendo massificados e servindo como "bode expiatório" e até contribuindo, como os indíos guajajaras do sul do Maranhão que desmatam a troco de dinheiro sujo; o narcotráfico amazônico gerando grandes riquezas ao país, carvoeiros, madeireiros, serradores e bandidos. Onde se encaixa a tal da soberania: no descaso ou na falta de controle geral?

>"As toras desfilam sobre caminhões à noite e livremente".>> Grande Gervásio!!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Espanto de uma Mente Adormecida Brilhante

O esquizofrênico é uma alma, não só impura, como também desesperadamente desgostosa com sua situação. Seu tormento consiste na incapacidade de proteger-se contra a realidade, seja ela interior ou exterior ( como faz normalmente o indivíduo são) refugiando-se no universo do senso-comum, por nós mesmos construído esse mundo estritamente humano das noções úteis, dos símbolos compartilhados pelos demias, das convenções socialmente aceitáveis. O esquizofrênico é qual homem sob a influência contínua da mescalina e, pois, incapaz de deixar de experimentar uma realidade que ele não pode suportar por lhe faltar pureza; que não pode interpretar por ser ela o mais inflexível dos fatos fundamentais e que, por jamais permitir-lhe encarar o mundo com olhos simplesmente humanos, força-o a interpretar sua incessantes singularidade, sua candente intensidade de valores, como a manifestação da maldade humana ou até cósmica, levando-o às mais desesperadas contramedidas que vão da violência assassina, de um lado da escala, até o suicídio picológico do outro. E, uma vez iniciada a descida pela rampa infernal, ninguém poderá mais deter-se.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Idealistas sem Causa

Balbucio

Ninguém se importa...
são meramente coisas..
coisas, por si só são coisas..
e ninguém necessita de explicá-las;
por baixo dos miudos vem sorrateiramente os surdos e daí surgem os absurdos, abnegando o destino e consequentemente as coisas, que quando surgem por coisas baratas, se camuflam com as consequências mundanas. Mas por ai se vai, por caminhos se vai, andando por ai, cantando por ai, deflagrando por ai, guspindo por ai, se satisfazendo por ai, e a vida eh levada por um simples "ai", lindo e livre de explicações, somente sendo levado. Do mundo não se queres quase nada, nem mesmo as explicações, se queres somente viver, buscando a plenitude eterna, por meios de imutabilidades e estabilidades, e por final morrer. Do Eu, simples crânio decadente, se entende por instrumento, por entre luzes abertas, que se satisfaz com as feridas, degenerando as soberbas e engolindo os enlatados.

Cabeças Quentes vão Rolar

Disturbios, congruências;
Estudos, benevolência;
Bueiros, buenos, excipiência.

Carteira, catarro, cabaço;
Futilidade, Fertilidade, fungibilidade.
Pra que, pra onde, pro abraço;

Essência, escraxo, imutável;
Barriga, Bigode e barba;
Serve, serpenteia, sussurra;
Sacaneia, sacóde e pisoteia.

O céu vem abaixo, expurgante, delirante..
a vertigem vem à cima, perto dos fios;
e do rolo dos barbantes...

Caprichando na Desordem

Ahh...como tuda arde na viril realidade;
os coitados passam, repassam e reclamam.
Ninguém observa a torpeza da ponta do nariz!!!
ninguém se orienta pelo menos uma vez na vida...

Tantas falas, tantas revoltas, tantas revelias;
hipocritas que se misturam com a doce vivência...
tudo está ali, bem próximo, navegando constante;
no perspicaz banho da cara-de-pau, se julgam improcedentes!!!

Ahh...onde se alinham as cabeças felizes?
pois se tudo gira, porque girastes tão depressa?
para não verdes os cretinos no poder?
somente para se esvair em confusões e lamentações

Cabeças alinhadas, corpos eretos
Pensamentos coerente, olhos atentos;
Pulso malévolo, coragem ao abismo...
tantas idéias fluem...

Será que conseguiremos...será que tudo passará?

quinta-feira, 27 de março de 2008

Vicitudes do Agreste

A falta de melancolia reversa;
em um dia perplexo, derradeiro;
tudo vai se esvaindo, até o relógio apressado?

Os olhos arregalados..
A garganta seca..
O guspe sai sem violência à procura do vazio constante;

Terreno vazio e quente;
Água salgada, árvores uivantes...
e o medo alcança a medida nordestina de viver!!!

Pra onde correr, pra onde se esvair;
Se a corrosão apenas começou;
e o derradeiro incorformismo anda,
com passos firmes ao lado da ilusão!!!

Ó Vida Constante...